O número de casos de cães com displasia dos cotovelos vem aumentando cada vez mais, isso se deve a falta de controle e ao descaso feito por alguns criadores, que utilizam animais displasicos na reprodução.
Pelo Clube Tcheco e Eslovako do Cão lobo Checoslovaco, é obrigatório os exames de Displasia coxofemoral para que o cão possa ser utilizado na reprodução, porém, ainda não é obrigatório os exames de Displasia dos cotovelos, o que faz poucos criadores radiografarem seus cães para se certificar se tem ou não tal doença.
Em alguns casos a radiografia é feita e o resultado oficializado, mas mesmo assim, o criador continua usando o cão displasico na reprodução, visto que mesmo ele sendo positivo para a displasia dos cotovelos, ele tem displasia coxofemoral nos graus aceitaveis, como a doença é pouco conhecida, tais criadores sequer tentam esconder os terríveis resultados de cotovelos de seus cães, afinal, poucos vão se importar visto que desconhecem a doença.
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Você sabe o que é displasia de cotovelo?
A displasia de cotovelo é uma doença hereditária e resume-se em quatro doenças que levam a uma má formação e degeneração da articulação do cotovelo.
Todos esses problemas são de origem genética, mas podem se agravar com influencias do ambiente como: dietas hipercalóricas, obesidade, piso liso, excesso de exercício, crescimento rápido, má utilização de suplementos alimentares, dentre outros.
As quatro doenças indutoras de um problema no cotovelo são: a desunião do processo ancóneo, osteocondrite dissecante, fragmentação do processo coronóide e a incongruência do cotovelo.
O fator mais preocupante da displasia de cotovelo é seu alto grau de hereditariedade, podendo variar de 25 a 45%. Portanto, é um problema que se não for seriamente cuidado desde o início de um cruzamento, pode virar uma bola de neve sem controle. Se imaginarmos que 10 filhotes podem gerar 100 que podem gerar 1000, dá para sentir o tamanho do problema, não é mesmo?
O diagnóstico oficial da displasia de cotovelo só é aceito após 2 anos de idade. Mas, é possível realizar prévias desde os 4 meses de vida do animal para controlar o problema. Lembrando que somente o exame radiológico pode confirmar ou negar a presença deste mal.
Alguns animais portadores da doença podem não manifestar sintomas, outros sentem dificuldade para andar, apresentam andar anormal, mancam, preferem ficar deitados a se movimentar, outros sentem dor ao extender e flexionar o cotovelo
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Retirado do site do canil
BlackComb
Classificação da Displasia de Cotovelos
Grau 0 - Animal não apresenta sinais de displasia de cotovelo
Grau 1 - Mínima mudança óssea no processo ancôneo
Grau 2 - Mudanças ósseas subcondrais adicionais e/ou osteófitos
Grau 3 - Bem desenvolvida doença articular degenerativa
Todo o animal afetado deve ser afastado da reprodução.
Como vocês podem perceber, a hereditáriedade da Displasia dos Cotovelos causa mais dores de cabeça do que a da Displasia Coxofemoral, que mesmo sendo um problema conhecido e rigorozamente controlado em diversas raças, ainda aparece e reaparece em cães vindos de gerações de parentes isentos.
Displasia dos cotovelos é uma doença que, em termos de seleção é considerado um problema extremamente sério e até agora poucos criadores tomam cuidado e radiografam seus cães para essa doença.
Pelo desconhecimento e pela falta de exames, ainda é possivel ouvir criadores acreditando que essa doença não existe na raça, afinal, tal criador nunca viu exemplares com tal doença, o que fica meio obvio quando lembramos que o controle na maioria das vezes não é feito e logo,é impossível saber se o cão tem ou não a displasia.
Fica o alerta.